A mesa de palestrantes foram extraordinários.
Os organismos públicos têm responsabilidades,mas a sociedade, como cidadãos tem o dever de denunciar o desrespeito pelos direitos humanos.
O elemento da Judiciária garantiu que o sistema protege as vitimas e o cidadão preocupado com quem é supostamente traficada.
Houve várias abordagens, e todas elas importantes.
A representante "O Ninho", IPSS de Lisboa que apoia mulheres prostitutas, apresentou as contrariedades e as hipocrisias do sistema.
O Centro Social Paroquial da Vera Cruz, representada pela Dra. Emília Carvalho, iniciou a sua palestra recorrendo aos "Os Maias" de Eça Queirós, para nos recordar abolição da escravatura em 1869. Fez a ponte entre a sociedade do século XIX e séc. XXI no concerne ao Tráfico Humano. Em 1888, ano de edição dos "Os Maias", volvidos os 90 anos da abolição da escravatura por despacho régio por D. Luís, havia a censura por esse crime por parte da aristocracia do séc. XIX.
Cito:
"Fica abolido o estado de escravidão em todos os territórios da monarquia portuguesa desde o dia da publicação do presente Decreto. Todos os indivíduos dos dois sexos, sem excepção alguma, que no mencionado dia se acharem na condição de escravos passarão à de libertos e gozarão de todos os direitos e ficarão sujeitos a todos os deveres concedidos e impostos aos libertos pelo Decreto de 19 de Dezembro de 1854."
D. Luís, Diário do Governo em 27 de fevereiro de 1869 (adaptação) fonte: Infopedia
A mesma sugeriu uma maior sensibilização dos jovens para esta problemática.
Observatório do Tráfico de Seres Humanos apresentou o objectivo do Organismo Público: de congregar as informações disponíveis a fim de ter as estatísticas e com essa informação elaborar um relatório anual, estando para breve apresentação o de 2010.
Não se pode esquecer a artista Marian van der Zwaan que apresentou um trabalho artístico de suma importância. Não Perca, mesmo junto de nós na Praça Marquês de Pombal (frente ao Tribunal de Aveiro).
Por Santus
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